Em um mês, a situação do meia Ganso no São Paulo mudou completamente. No começo de junho, o presidente Carlos Miguel Aidar não quis levar adiante uma negociação com os dirigentes do Monaco, que estavam dispostos a investir alto para contratar o jogador. Agora, se uma nova oferta aparecer, o Tricolor vai conversar.
A nova postura é provocada pela não concretização da venda de Rodrigo Caio para o futebol espanhol. Na época, a negociação estava adiantada com o Valencia por R$ 44 milhões, valor que seria suficiente para pagar os débitos com os jogadores e ainda ajudar o clube a quitar pendências imediatas. Só que o negócio não deu certo, Na sequência, o Tricolor conversou com o Atlético de Madrid, que desistiu da compra e só queria ter o atleta por empréstimo de uma temporada. Rodrigo Caio voltou, e as contas seguem no vermelho.
Com isso, apesar de o técnico Juan Carlos Osorio ter dito que nenhum jogador será negociado até o final da janela de transferências, é praticamente certo dentro do clube que mais alguém sairá. Um atleta que tem mercado é Paulo Henrique Ganso. Rubens Moreno, diretor do grupo DIS, empresa que detém 68% dos direitos do atleta, afirmou recentemente ter recebido sondagens de três times da Europa pelo camisa 10. Por isso, iria marcar uma reunião com o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, para discutir a situação.
Dentro de campo, é fato que Ganso caiu de rendimento. No último domingo, o time jogou bem e ganhou do Coritiba por 3 a 1, no Morumbi, mas Ganso foi muito mal. Acabou substituído no segundo tempo e foi vaiado por 60 mil torcedores. Na saída, não quis cumprimentar Osorio e ainda deu um bico em um copo de água. A atitude provocou uma conversa entre a dupla nesta quarta-feira e tudo ficou resolvido.
O técnico colombiano terá mais três treinos para definir o time que enfrentará o Sport, domingo, no Recife. A tendência é que o jogador continue entre os titulares, mesmo sem estar agradando aos torcedores.